Ataques de cachorros a rebanhos deixam prejuízo de mais de R$ 70 milhões na Bahia

As imagens são fortes: bodes, cabras, ovelhas, galinhas e até bezerros feridos, com órgãos vitais expostos, ou já sem vida. Em dezenas de cidades baianas, ataques isolados de cães ou mesmo de matilhas têm dizimado rebanhos, provocado prejuízos milionários e até forçado produtores a interromper a criação de seus animais.
De janeiro a 4 de setembro, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) contabilizou 2.018 animais mortos por ataques de cães no estado – a maioria deles de caprinos e ovinos. Os maiores contingentes foram nos municípios de Cansanção, Ipirá e Monte Santo, com 301, 222 e 147 vítimas fatais, respectivamente.
Diante desse cenário, a partir deste mês, 36 municípios da região do semiárido (especificamente os territórios da Bacia do Jacuípe e do Sisal) passaram a fazer parte do programa de controle populacional de cães da Bahia. As medidas devem ser dedicadas à proteção do bem-estar animal e dos rebanhos.
“A superpopulação de cães é um problema muito comum. Não é só nosso, mas alguns estados já estão à frente (nas estratégias de manejo)”, diz a médica veterinária Lívia Peralva, secretária-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA) e atuante tanto nas áreas de clínica de cães e gatos quanto na saúde pública.

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