Clima quente acende alerta para epidemia de Dengue, Zika e Chikungunya

“Desde 2015, não tínhamos um número tão grande de casos de dengue como já alcançamos esse ano. Se continuarmos nesse pico de calor, corremos o risco de termos surtos ou epidemias de doenças transmitidas por mosquitos,” o alerta é do Doutor Celso Granato, médico infectologista do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia.

Conforme o especialista, o problema é justificado pelo aquecimento global que tem contribuído para uma mudança no perfil de doenças como, dengue, zika e Chikungunya. Ele explica que, “a situação é reflexo da fragilidade dos vetores que sofrem com os efeitos das mudanças da temperatura. E, apesar de não resistirem por muito tempo, as altas temperaturas, os mosquitos se multiplicam rapidamente com o calor, e acabam fazendo mais vítimas”.

De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), referente a semana 46, que compreende ao período de 2 de janeiro a 18 de novembro de 2023, o número de casos suspeitos notificados de dengue, na capital baiana, é de 11.262, seguido de Zika vírus com 850 e Chikungunya com 708.

Enquanto a Secretária de Saúde do Estado (Sesab), reforça que no período de 1º de janeiro a 11 de novembro de 2023, foram notificados 46.390 casos prováveis de Dengue no estado. No mesmo período de 2022, foram notificados 34.269 casos prováveis, o que representa um aumento de 35,4%.

As notificações para prováveis casos de Chikungunya somaram 15.019 casos e 1.675 casos prováveis de Zika, no estado, para o mesmo período. Ainda conforme a pasta estadual, do total de 390 municípios que realizaram notificação para agravo de dengue, 180 apresentaram incidência.

Vacina: O que é, como funciona e quem pode tomar?

A eficácia na população acima de nove anos é de, aproximadamente, 66% contra

Desenvolvida para prevenir a infecção e os sintomas causados pelos quatro sorotipos do vírus, atualmente existem dois tipos de vacina contra dengue, aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): a Dengvaxia (Sanofi Pasteur) e a Qdenga (Takeda), sendo esta última autorizada no primeiro semestre de 2023.

Produzidas com vírus vivos atenuados, as duas vacinas estimulam uma resposta imunológica robusta e não têm capacidade de provocar a doença, já que os vírus presentes na vacina estão enfraquecidos. Essas vacinas permitem que o organismo reconheça o agente causador da dengue e desenvolva estratégias eficazes para combatê-lo.

A eficácia na população acima de nove anos é de, aproximadamente, 66% contra os quatro sorotipos do virús. Além disso, reduz os casos graves – aqueles que levam ao óbito, como a dengue hemorrágica – em 93% e os índices de hospitalizações em 80%. A vacina pode ser encontrada na rede privada, uma vez que ainda não esta incorporada ao Sistema Unico de Saúde (SUS).

Pesquisadores alertam sobre retorno da Dengue Tipo 3

Com a volta de casos de DENV-3 no país, o perigo paira principalmente nos mais jovens, que nunca tiveram contato com esse tipo de dengue. “A DENV-3 é mais preocupante não por ser mais grave que as outras em seus sintomas, mas por só termos anticorpos dos tipos 1 e 2. A chegada dessa infecção nova produz um fenômeno que chamamos de ADE, que é o aumento da nossa resposta imunológica, que ao invés de diminuir a quantidade de vírus, o favorece, agravando a infecção”, explica.

Fonte-trechos: A Tarde

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