Após anulação, governo desiste de leilão de arroz: “Preços normais”

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu ontem, dia 03-07, o leilão do arroz, concebido após a tragédia socioclimática das chuvas no Sul do país, que concentra a maior parte de produção do arroz no Brasil. A suspensão vem por tempo indeterminado e negociações com o agronegócio para um acordo para controlar os preços do produto já começaram.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou à Globonews a suspensão do leilão. A ideia é retomar a ideia apenas caso o preço aumente. “Estamos com o edital pronto, mas os preços cederam e acho prudente monitorar [a situação] antes de qualquer ação de compra”, afirmou Fávaro.

Mesmo antes de sua realização, o leilão já sofria rejeição internamente por parte dos membros do governo que se posicionaram contra, sob o argumento de que não havia indícios de que as chuvas no Rio Grande do Sul causariam falta de arroz. Pelo contrário, os indicadores apontavam que, com a colheita já realizada naquele momento, a oferta do produto estava garantida, segundo um integrante da Agricultura.

Outro ponto que levantou críticas ao leilão, foi a origem das quatro empresas vencedoras, uma era uma loja de laticínios e outra tinha como sócio um empresário que já havia confessado o pagamento de propina para conseguir licitações públicas.

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