Bahia celebra a retomada de transplantes cardíacos!
Ontem, dia 27 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos e, na Bahia, a data traz uma notícia especial: a retomada das cirurgias de transplante cardíaco no estado, após quase dois anos de suspensão. A interrupção foi necessária para a reestruturação do sistema, que foi impactado pela pandemia de Covid-19. A partir de agora, o procedimento será realizado no Hospital Ana Nery (HAN), trazendo alívio para pacientes que aguardavam por essa oportunidade. Atualmente, a Bahia já realiza, com sucesso, transplantes de córnea, rim, fígado e medula.
Dados do Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), mostram que o número de doadores de múltiplos órgãos aumentou mais de 58% no período de julho a agosto de 2023, saltando de 12 para 19 doadores. Nos oito primeiros meses do ano, a Bahia totalizou 106 doadores de múltiplos órgãos.
O crescimento é o resultado de uma série de investimentos que o Governo da Bahia tem feito nos últimos anos. Mais de R$ 9,2 milhões foram investidos em campanhas de sensibilização da sociedade, cursos e treinamentos para capacitar profissionais de saúde, além de incentivos financeiros para instituições filantrópicas e privadas que desempenham um papel crucial na realização de transplantes no estado.
Esse aumento no número de transplantes está mudando vidas e trazendo esperança para muitos pacientes. Atualmente, a Bahia conta com uma rede com 23 centros transplantadores, sendo que sete oferecem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desses, três são unidades públicas: o Hospital Geral Roberto Santos, o HAN e o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes).
Joabe Carneiro, médico transplantador e coordenador do serviço de urologia do Hospital do Homem, destacou os principais requisitos para ser um doador em vida e como autorizar a doação de órgãos após a morte. “Ser um doador em vida requer compatibilidade e um procedimento cirúrgico específico, que pode salvar vidas. Já a autorização para doação após a morte é um gesto nobre e altruísta, que permite que seus órgãos continuem a oferecer vida mesmo após sua partida”, explicou.