Presidente da União dos Prefeitos faz defesa pela agroindustrialização da Bahia
O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Jequié, Zé Cocá, defendeu o avanço da agroindustrialização no estado ao destacar o anúncio feito pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), de que até 2022, 422 agroindústrias estarão funcionando na Bahia.
“A agroindustrialização da Bahia é mais que importante. É fundamental para o Estado, que está presente sempre entre os cinco primeiros produtores de todas as culturas no ranking nacional”.
A iniciativa gera inclusão produtiva, mais empregos e renda, maiores oportunidades para agricultores e mais recursos circulando na economia dos municípios, melhores condições de vida, além de fixar o homem no campo, evitando o êxodo rural.
Cocá pontuou ainda que a Bahia é o maior produtor nacional de guaraná, coco, sisal, graviola e cacau, dentre outras culturas.
“Implantar indústrias onde houver produção agropecuária, para verticalizar e agregar valor às cadeias produtivas, é política acertada do governo Rui Costa, que tem todo apoio da UPB, sinalizou Zé Cocá, destacando que a entidade está pronta a colaborar com a SDR no que for preciso. Ele lembra que mais de 60% do território baiano é semiárido, onde a agroindustrialização teria, além do econômico, papel social fundamental, criando nova realidade para os municípios alcançados.
Ele cita como exemplo a região do sisal, cultura símbolo de resistência e adaptação à seca, cultivada por mais de 400 mil agricultores familiares, que podem ser beneficiados com a agroindustrialização e expansão da área plantada. O detalhe é que só pouco mais de 4% da folha do sisal é utilizada e transformada em fibra; 26% é mucilagem, 70% suco, subproduto ácido e que acaba descartado, prejudicando o meio ambiente.
Cocá diz acreditar que a implantação de agroindústrias na região sisaleira vai permitir a utilização total da folha e agregar valor ao produto. A potencialidade da utilização dos subprodutos do sisal é imensa: a fibra pode ser utilizada na produção de móveis escolares; a partir do suco que hoje é descartado; pode-se produzir inseticida contra o ácaro de leprose dos citros, creme antifúngico e xampu contra caspa; ração animal com a mucilagem, e utilizar a bucha para construção de casas populares.
Zé Cocá lembra que a produção do sisal pode ser aliada à ovinocaprinocultura, destacando que a Bahia é líder na produção de caprinos e se destaca na criação de ovinos. “Com a política de agroindustrialização do Estado, a Bahia pode produzir queijo de cabra de alta qualidade, e garantir a sustentabilidade dessas culturas no semiárido”, confia o presidente da UPB.
Fonte: BNews