Ataque à estação de trem deixa mais de 30 mortos na Ucrânia
Na manhã desta sexta-feira (8), uma estação de trem no leste da Ucrânia, em Kramatorsk, foi o alvo dos ataques russos. Segundo informações divulgadas pela administradora do sistema ferroviário do país, dois mísseis atingiram o terminal, que no momento estava com cerca de 4 mil pessoas.
“Mais de 30 pessoas morreram, e mais de 100 ficaram feridas, após um disparo de foguetes contra a estação (…) É um ataque deliberado”, afirmou o chefe da empresa ferroviária ucraniana Ukrzaliznytsia, Oleksander Kamyshin, no aplicativo Telegram.
Minutos depois, os serviços de resgate informaram que havia pelo menos 35 vítimas fatais.
Em frente à estação de Kramatorsk, havia vários carros carbonizados e os restos de um míssil. Por toda a parte, viam-se malas abandonadas, estilhaços de vidro e escombros. O interior da estação estava coberto de sangue, que se espalhava pela rua, devido ao movimento dos corpos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque desta sexta como um ato de “maldade sem limites” por parte da Rússia.
“Como não têm força, nem coragem, para nos enfrentarem no campo de batalha, destroem, cinicamente, a população civil. É um maldade sem limites. E, se isso não for punido, não vai parar nunca”, declarou o presidente no aplicativo Telegram, denunciando os métodos “desumanos” das forças russas.
A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) obteve maioria, nesta quinta-feira (7) para suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos do órgão, pedida em uma resolução apresentada ao órgão.
Foram 93 votos favoráveis, 24 contra e 58 abstenções. Era necessária uma maioria de dois terços dos membros votantes –as abstenções não contam– para suspender um país do conselho de 47 membros.
Brasil se absteve na votação
O Brasil foi um dos que decidiu se abster na votação. Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU, disse que o país “está comprometido em encontrar formas de cessar as hostilidades imediatamente, promover um diálogo real em busca de uma solução sustentável e pacífica, garantindo respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário”.
Fonte: CNN Brasil