Apesar de uma redução de 39% na área plantada, a produção de feijão cresce 30%

Feijão-de-corda, feijão fradinho, feijão vermelho, feijão carioca, todos fazem parte do prato brasileiro. Mesmo com uma redução de 39% na área plantada, a produção do grão aumentou em 30% entre os anos de 1974 e 2021, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Especialistas explicam que tecnologias de irrigação e manejo correto têm sido fundamentais para esse aumento principalmente em áreas com poucas chuvas.
Na região Nordeste do Brasil, o feijão é uma das culturas mais importantes para a economia local e a alimentação, com um clima em grande parte do território semiárido. Com secas e estiagens prolongadas, sistemas de irrigação impulsionam a produção da cultura. Warlen Pires, especialista agronômico da Netafim, explica que a irrigação por gotejamento transforma o manejo hídrico no cultivo de feijão ao entregar água diretamente às raízes da planta.
“Esse método garante que a cultura receba exatamente o que precisa para crescer forte e saudável. Com isso, é possível reduzir o consumo de água em até 50% em algumas regiões e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade do feijão em até 50%”, comenta o especialista da Netafim.
Aidano Cardoso Martins, agricultor que cultiva feijão para o consumo e comercialização em Irecê, cidade na região da Chapada Diamantina que já foi chamada de “capital nacional do feijão”, compartilha que sua produção deu um melhor resultado ao combinar a irrigação correta com sementes de alta qualidade. “Plantamos no pivô com uma semente selecionada da Embrapa, que deu muito boa. Parte do nosso plantio foi para o consumo e outra comercializamos. Este ano a produção foi melhor, também devido às chuvas frequentes, e a expectativa para 2025 é ainda melhor, com a La Ninã”, avalia.
Fonte-Trechos: A Tarde