Corrida para a farmácia: procura por vitaminas e antigripais sobe 150%
Observação: Antes de ler a matéria abaixo, esclarecemos que em Morro do Chapéu farmácias já estão em falta de alguns medicamentos. Vamos nos proteger e se cuidar!!!
Um dos reflexos do surto de H3N2 em Salvador é o aumento da busca por vitaminas ou antigripais. Tem farmácia que chegou a registrar aumento de quase 150% na venda desses produtos em dezembro, em comparação com novembro de 2021. Como consequência, os farmacêuticos relatam a dificuldade no abastecimento desses medicamentos.
“Foi algo muito inesperado. A gente não contava com tanta venda desses produtos logo nessa época do ano, quando nosso foco não costuma ser gripe e resfriado. A demanda mudou mesmo por conta do surto. Comparando o mês de novembro com dezembro, tivemos um aumento de 150%”, diz a farmacêutica Marcela Dias, que trabalha numa drogaria localizada no bairro da Pituba.
Estoque
A consequência disso foi a dificuldade em manter o estoque completo. “Nesse período do ano, já é comum ser as férias coletivas de diversos laboratórios. Somado com a alta na demanda, as distribuidoras não conseguiram ter estoque suficiente para suprir o necessário”, diz Rodrigues.
Dentre os remédios apontados como os que estão em falta, os profissionais destacam a Coristina D e os produtos da linha VIC. “São remédios difíceis de encontrar em muitas farmácias de Salvador”, conta Valmir.
Até a última terça-feira (28), a Bahia tinha registrado 673 casos de Síndrome Gripal (SG) com laudo positivo para Influenza A H3N2 e oito mortes ocasionadas pela doença.
Imunologista alerta para perigos da automedicação
Para o imunologista Celso Sant’Ana, é preciso que as pessoas tenham cuidado com a automedicação. “Esses remédios não têm efeito específico contra o vírus. São medicações sintomáticas. A doença provoca sintomas inconvenientes como coriza, tosse, espirro, dores no corpo, inflamação na garganta, febre. E aí as pessoas saem atrás dos remédios para melhorar os sintomas. O problema é quando há a automedicação e o uso abusivo dessas drogas, o que pode ocasionar problemas tóxicos, hepáticos e gerar comorbidades”, diz.
O especialista destaca que a diferença entre um remédio e o veneno é a dose usada. Para evitar problemas, o ideal é sempre procurar um especialista, como um médico, que avalia caso a caso. “Tem que tomar a vacina e, no caso de febre ou tosse persistentes, procurar um médico. O grande problema desse vírus é que ela abre porta para infecções bacterianas. Mais de 72h de febre e tosse precisa da avaliação do médico para ver se não houve uma complicação secundária gerada pela infecção”, aponta.
Fonte: *Correio