Brasil alcança 11ª posição em resposta e prevenção à violência sexual

Um levantamento divulgado pela organização Childhood Brasil e realizado em 60 países pela Economist Impact, onde vivem aproximadamente 85% das crianças do mundo, apontou que o Brasil subiu da 13ª posição para a 11ª em 2022 no ranking mundial de prevenção e resposta à violência sexual contra crianças. Para garantir a prevenção, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SMPJ), está promovendo a campanha Maio Laranja e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Ceca) lançou um Plano Estadual Decenal dos Direitos Humanos da Criança no último mês.
O Índice das Sombras, como é chamado o estudo no Brasil, apontou que o país está entre os países com a mais elevada classificação mundial e o primeiro da América Latina e Caribe em termos de prevenção e resposta à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes. Também estima que no país, quatro crianças ou adolescentes sofram violência sexual a cada hora. O levantamento é uma análise global das leis, políticas e serviços que governos devem ter em vigor para prevenir e responder à exploração e abuso sexual.
O presidente do Ceca apresentou dados do Anuário do Fórum de Segurança Pública de 2022, que indicou que 47.606 crianças e adolescentes foram vítimas de violência no Brasil, sendo 45.076 de estupro (abuso), 1.797 (pornografia infanto-juvenil) e 733 (exploração). Os dados são compilados a partir dos Boletim de Ocorrência nas delegacias brasileiras.
Já a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SMPJ) pontua que falando de violência sexual em Salvador, em dez anos foram identificados 2.361 casos, sendo que 82% desse número é referente a casos que envolvem estupro. Em média é possível mapear em torno de 8% a 9% dos casos, pois os demais sofrem subnotificação, que são crimes não reportados à polícia.
Assim que estiver identificado, é preciso procurar o Conselho Tutelar e até mesmo acionar o Disque 100, além da Promotoria da Infância e Juventude, que também recebe denúncias anônimas.
Fonte-trechos: A Tarde