Eu, Correio do Sertão, te presenteio Morro do Chapéu!
Minha querida terra mãe que me viu nascer, eu sou teu filho chamado Jornal Correio do Sertão, nascido no longínquo 15 de Julho de 1917. Meu pai chamava-se Honório de Souza Pereira o qual no ano de 1946 ele me deixou órfão, chorei muito, mas seu filho Adalberto Pereira me abraçou e não me deixou só. Ele passou vários anos comigo até que um belo dia do ano de 1980 ele também partir para a eternidade e eu mesmo já adulto, me senti com medo, pois não via ao meu redor, quem poderia ficar comigo, mas Deus é tão bom que preparou o neto do meu pai Honório para ficar comigo. O nome dele até hoje não esqueço, Paulo Gabriel que sorriu e alegremente disse-me: eu ficarei contigo e te ajudarei a seguir tua caminhada e quanto amor ele dedicou a mim. Mas como a vida tem suas percas, assim também eu o perdi no ano de 2010 por questão de saúde e chorei quando ele me disse que não tinha ninguém pra ficar comigo. Aí eu pensei: Agora chegou minha hora de partir, sozinho, não tenho como mais ajudar minha mãe Morro do Chapéu a continuar contando e registrando suas histórias. Mas como o destino coloca as coisas em seu lugar, eis que surge o filho de Paulo Gabriel e bisneto de meu pai Honório, Edson Vasconcelos, que apesar de novo teve a coragem de me estender a mão e junto comigo está até os dias de hoje.
Minha terra mãe Morro do Chapéu, contei um pouco da minha história de vida que tu bem conheces, sabes bem das dificuldades que passei e ainda passo, mas hoje eu quero te parabenizar pelo teu aniversário de 116 anos e o meu presente é meu ACERVO que eu registrei durante os meus e teus 108 anos de vida de tudo que se diz respeito ao teu progresso e a labuta de vida de teus filhos. Tá tudo guardado mãe para que tua história seja sempre lembrada pelos teus filhos de agora e os que estão por vir. Avante minha mãe, vida longa a ti e com os demais filhos teus, desejo ter o apoio dos mesmos para que eu continue a minha jornada de noticiar e registrar tudo de bom que acontece contigo e teus filhos que aqui residem e os que moram distantes.
