Observatório revela que 2023 foi o ano mais quente dos últimos 100 mil anos

O Brasil sofreu em 2023 uma forte onda que calor que fez os preços dos ares-condicionados dispararem e forçou os brasileiros a buscarem novas formas de se refrescarem. Isso, no entanto, não ficou restrito à América do Sul, sendo também registrado em outros países que também viram os termômetros atingirem níveis recordes no ano passado.

Dados divulgados na última terça-feira (9) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, acendem um sinal vermelho sobre as temperaturas do planeta Terra nos últimos séculos. Os números mostram que pela primeira vez, todos os dias em um ano ficaram 1°C acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900, além de 2 ºC acima em dois dias de novembro.

Para estimar a temperatura do globo em períodos anteriores as medições oficiais, os cientistas usam uma técnica conhecida como paleoclimatologia que possibilita estimar o clima de determinadas regiões a partir de simulações. O documento publicado nesta semana pelo observatório europeu afirma que o planeta está próximo de seu “limite seguro” de 1,5 ºC.

Essas alterações na temperatura são parcialmente influenciadas pelo El Niño, fenômeno climático que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico. O efeito estufa é, no entanto, um dos maiores causadores da elevação na temperatura média da Terra desde o período da revolução industrial, ocasionando maior acúmulo de CO₂ na atmosfera.

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