Sem fim à vista, guerra na Ucrânia completa 1 ano

Já se passou um ano desde que a invasão da Rússia à Ucrânia começou. Para muitos, o dia 24 de fevereiro de 2022 é uma data que ficará para sempre na memória.
Naquele dia, em um discurso transmitido pela televisão, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou o início de uma “operação militar especial” na região de Donbass, no leste da Ucrânia – ao mesmo tempo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pedia que ele não fosse adiante.
Sirenes de alerta de ataque aéreo soaram na capital ucraniana, Kiev, e o presidente do país, Volodymyr Zelensky, avisou: “Se alguém tentar tomar nossa terra, nossa liberdade, nossas vidas… nós vamos nos defender”.
Antes da invasão no ano passado, separatistas apoiados pela Rússia já controlavam territórios ucranianos na região de Donbas, a leste, ocupados desde 2014.
Em 21 de fevereiro de 2022, Putin anunciou que a Rússia reconheceria, a partir daquele momento, a independência de duas regiões separatistas, a autoproclamada República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk, ambas na área de Donbas.
A medida foi condenada pela Ucrânia, pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e diversos países – mais tarde, isso permitiu que Putin transferisse tropas para essas regiões.
A guerra já causou milhares de mortes, mas ambos os lados relutam em divulgar dados militares oficiais. Até 13 de fevereiro de 2023, 7.199 mortes de civis foram registradas na Ucrânia, além de 11.756 feridos, de acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
No entanto, a organização afirma que “acredita que os números reais são consideravelmente maiores, pois o recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas hostilidades está atrasado e muitos relatórios ainda estão pendentes de comprovação”.
Desde a invasão russa, a agência para refugiados da ONU (Acnur) registrou o movimento de cerca de 7,7 milhões de refugiados da Ucrânia para vários países da Europa, incluindo a Rússia, de uma população de cerca de 44 milhões, com quase 7 milhões de ucranianos deslocados internamente – isto é, de uma região a outra, dentro da própria Ucrânia.
“Quase um ano depois, a guerra continua causando morte, destruição e deslocamentos diários, e em uma escala impressionante”, disse em um comunicado Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e coordenador de ajuda de emergência.

Fonte-Trechos: BBC News

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