Bahia tem 13 representantes entre heróis e heroínas nacionais; confira a lista

Santa Dulce dos pobres foi incluída no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

Agora, todos os brasileiros podem partilhar o sentimento. A lei que inclui a santa baiana no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria foi publicada ontem, dia 17-05 e a consagra como uma das figuras mais importantes do país. Ao sancionar a Lei 14.584, o presidente Lula (PT), autorizou que o nome de Santa Dulce seja incluído no Livro de Aço, abrigado no Panteão da Liberdade e da Democracia Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Santa Dulce é a 13º pessoa nascida na Bahia a fazer parte do grupo seleto. Os baianos representam 20% de todos os 65 heróis nacionais (confira a lista completa abaixo). Entre os consagrados estão políticos, intelectuais, ativistas e religiosos. A primeira mulher inscrita no Livro de Aço foi a enfermeira baiana Anna Néri, em 2009. 

Conheça os outros heróis baianos

Outras 12 personagens históricas baianas já estavam inscritas nas páginas de aço do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Eles representam 20% de todos os 65 nomes que constam no volume. Figuras históricas da Conjuração Baiana, movimento republicano, e da Independência da Bahia estão entre os consagrados, a maioria entrou para o livro em 2018. Confira:

Alferes Maria Quitéria de Jesus (reconhecida em 2018)
Heroína da guerra pela independência do Brasil na Bahia, Quitéria vestiu-se de soldado para se alistar no batalhão de “Voluntários do Príncipe Dom Pedro” e participar das lutas da Independência em solo baiano. Ela foi a primeira mulher a fazer parte do exército brasileiro, em 1822. 

Anna Néri (reconhecida em 2009)
Primeira mulher inscrita no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, foi a pioneira da enfermagem no Brasil. Prestou serviços voluntários durante a Guerra do Paraguai e montou uma enfermaria-modelo em Assunção, mesmo com poucos recursos.

João de Deus do Nascimento, Lucas Dantas de Amorim Torres, Luís Gonzaga das Virges e Manuel Faustino Santos Lira (reconhecidos em 2011) 
Heróis da Conjuração Baiana, movimento popular que pretendia libertar o Brasil de Portugal, ocorrido em Salvador, em 1798. Todos foram condenados à morte pela participação no movimento revolucionário e foram enforcados no ano seguinte, na Praça da Piedade. O local abriga o busto dos quatro, como forma de homenagem. 

João Francisco de Oliveira (reconhecido em 2018)
Oficial de Marinha que lutou contra as forças navais portuguesas na baía de Todos-os-Santos, na guerra naval da Independência do Brasil na Bahia.

Luís Gama (reconhecido em 2018)
Advogado, escritor e jornalista nascido em Salvador, no século XIX, ele defendeu e libertou na Justiça mais de 500 negros escravizados acusados de matar seus senhores, alegando que os escravizados agiram em legítima defesa diante da violência da escravidão. Pautou sua vida nas lutas pela abolição da escravidão e o fim da monarquia no Brasil. Em uma carta a um amigo escritor, ele afirmou ser filho de Luiza Mahin, personagem quase mítica envolvida com a Revolta Malê de 1835 e com a Sabinada.

Maria Filipa de Oliveira (reconhecida em 2018)
A heroína negra da Independência do Brasil na Bahia, entre 1822 e 1823, liderou as marisqueiras e a população pobre e preta da Ilha de Itaparica na defesa contra a invasão portuguesa. É famosa especialmente pelo episódio da queima de barcos da frota portuguesa, o que ajudou a reduzir o contingente que os baianos pró-independência enfrentariam nas águas da baía de Todos-os-Santos.

Nelson de Souza Carneiro (reconhecido em 2019)
Foi um político baiano, senador por três mandatos e ex-presidente do Senado. Nelson foi o autor da Emenda Constitucional 9, que instituiu o divórcio no Brasil, em 1977. 

Ruy Barbosa (reconhecido em 2015)
Jurista, jornalista, diplomata, escritor e político. Foi o primeiro-ministro da Fazenda e da Justiça do período republicano. É patrono do Senado e da advocacia brasileira.

Sóror Joana Angélica de Jesus (reconhecida em 2018)
Foi uma religiosa e mártir da Independência do Brasil na Bahia. Joana Angélica, então abadessa do Convento da Lapa, foi morta ao tentar impedir que soldados invadissem a clausura para saquear relíquias religiosas, estuprar e matar as freiras. Ela teve o corpo transpassado pelas baionetas dos soldados ao se postar diante das portas do convento.

Fonte-trechos: *Correio

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